"Sim, precisamos de uma democracia robusta, mas você pode ser forte e gentil." (Jacinda Arden)
Como se vê, com esta declaração, a primeira-ministra reeleita na Nova Zelândia, demonstra que para ser um bom líder não é necessário desrespeitar os colaboradores, ser arrogante e abusar do poder.
É possível atuar com firmeza e ser amigo da equipe.
Com um mercado de trabalho complexo, incerto e competitivo, as organizações estão cada vez mais focadas em resultados e, com isso, a pressão e a cobrança fazem parte do cotidiano.
Um alerta: elas são necessárias.
Mas, a forma como isso é feito é que faz a diferença.
Líderes que abusam da autoridade e destratam os colaboradores provocam medo, estresse e até transtornos psicológicos mais graves, como ansiedade, depressão e síndrome de Burnout.
Surgirão tensões e conflitos que podem afetar, negativamente, o clima organizacional e prejudicar o resultado da empresa.
Ao contrário, quando são capazes de ajudar os outros a serem melhores, com um olhar empático e solidário, os liderados sentem-se acolhidos e amparados e assim, tornam-se comprometidos, engajados, empenhados e criativos.
Grandes líderes possuem Inteligência Emocional.
A Inteligência Emocional é a capacidade de perceber, controlar e avaliar as próprias emoções permitindo construir relacionamentos com maior compreensão, gentileza e qualidade.
Conforme o Fórum Econômico Mundial , a Inteligência Emocional será cada vez mais necessária para a construção de uma vida mais saudável e produtiva.
Considere o fato que, para inspirar é preciso cuidar do ser humano antes do profissional.
Isso significa que é fundamental que os líderes conheçam os membros de sua equipe e entendam que cada liderado tem características, personalidades e objetivos individuais diferentes e por isso precisam ser tratados de forma diferente.
As pessoas agem e sentem como pessoas e, considerando a relação indivíduo-equipe, deve-se saber que o histórico, os aprendizados e valores pessoais são os orientadores do comportamento humano e que cada ser possui uma percepção diferente das situações.
Mas, para que possa se relacionar de uma forma mais próxima do outro, é necessário que o líder, primeiramente, se conheça.
Trabalhar o autoconhecimento para descobrir suas histórias, valores e conhecer quais são seus pontos fortes e vulneráveis e entender como eles impactam o seu comportamento emocional.
"Autoconhecimento é um movimento em direção a si mesmo" Sergio Piza
Conhecer a si mesmo, permitirá ao líder ter um comportamento adequado, tomar decisões assertivas, lidar com a diversidade, ter uma melhor comunicação, saber diagnosticar e resolver conflitos construindo um negócio sustentável e próspero.
Usar as emoções de forma inteligente, faz com que o líder tenha autorresponsabilidade por suas ações, pelos fatos e resultados. Assume seus erros e falhas e aprende com eles.
Por último, o líder emocionalmente inteligente, se faz presente, melhora a percepção do outro e assim, consegue ouvir o inaudível e enxergar o invisível, ou seja, entender o que está nas entrelinhas das suas relações.
A questão é que para ser um bom líder é preciso estar próximo da equipe e entender que, a começar por ele:
Gente não é planilha. Gente é Emoção.
Imagem de Gerd Altmann por Pixabay
Especialista em Neurociências e Comportamento - Palestrante Como ser um Líder Emocionalmente Inteligente - Executive Coach Líder e Equipes para micro e pequenas empresas.